terça-feira
Leve Enjoo
O inicio e morno, terno; não se navega, plana-se. A imagem do mar encosta-se a do céu, sem vales nem colinas. Todavia, chega o vento raivoso que morde a agua. As cristas das ondas, outrora calmas e douradas, espumam-se agora, brancas e inquietas. Os socalcos aquáticos impedem o barco de cultivar uma viagem plana. O estômago reprime o bolo alimentar que, no precipício da garganta, se apronta a saltar sem retorno pela boca. A cabeça vacila com a barriga e também os pensamentos se verificam aquosos. As tempestades, do corpo e da natureza não sossegam? Não e sem sorte que o céu clareia e o mar se estica, afogando as ondas que ha pouco cuspiam balanços tresloucados. O equilíbrio ancora e o enjoo zarpa.