terça-feira

O Humanista Ingénuo

Os outros eram todos iguais e ele não era mais nem menos do que os demais. Não conseguia afirmar se gostava mais desta pessoa ou daquela. Não distinguia amigos de inimigos, familiares de desconhecidos, colegas de rivais, gentes de fora ou da terra. Tratava-os a todos do mesmo modo. Não fazia com que ninguém (nem o próprio) se sentisse especial. Convidado para entrar em partidos e associações, argumentava: "Porque são os meus interesses mais importantes do que os daqueles com quem me defronto?" Não pertencia a qualquer grupo e não magoava nem defendia quem se lhe interpusesse. Ninguém nele confiava ou desconfiava. Isolava-se, isolavam-no. Sozinho ainda está o homem que acredita: "Todos os homens são iguais".

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