terça-feira

O Lume

Toros de madeira derretem-se, tossindo lufadas de labaredas. Chamas. Conversas de cores que aquecem. Laranja que sopra, vermelho que gagueja, azul que suspira, cinza que emudece. Igualmente o carvão é camaleão, claro nas rajadas e cinzento sem vento.A chaminé organiza musicalmente os fumos esticando os fios negros desafinados pela brisa.A orquestra da floresta. Rebentam, crepitam, bufam, faíscam. Árvores que mantém os sons da selva em lareira na aldeia e borralho de cidade. Cheiros que ainda se agarram a verde numa inspiração mais delicada. Fogo, fogo, criança pequena que não queremos que cresça.

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