terça-feira

Ponto Final

Preferia repetir as histórias do seu dia-a-dia, colocando-as no rodapé (onde se escreve o auxiliar e não o principal) através da expressão “idem”. Assustava-a virar a página. Perturbava-a as instabilidades dos inícios e a alteração ou, pior, a conclusão dos hábitos. Não tinha medo de que o mundo acabasse, mas receava as condições em que ele recomeçaria – afinal, qualquer fim gera um princípio. Ao estabelecer um ponto final, cria-se vida. Por bela ironia se tem, porém, que o ponto mais final que conhecemos é a morte. Uma menção, contudo, aos crentes na reincarnação, cujos pontos finais são reticências…

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