terça-feira

Pressas do Pensamento

Cansara-me de levantar copos, o cheio para beber e o vazio a alertar o empregado para a sua substituição, e pus-me de pé num ápice. As velocidades dos atrasos só dão em perca e a prova foi o joelho esquecido sob a mesa que distribuiu sons e cacos pelo ar e chão. O funcionário, solícito como sempre se é para um cliente que se tornou remuneração fixa do estabelecimento, dispôs-se a recolher os recipientes assassinados pela minha imprudência.“Tenho de ter mais cuidado” recordei velozmente este conselho por vir a ser, também num instante, esquecido. Um truque psicológico de infância que aceita a existência do arrependimento mas não o permite que incomode a nossa vida e interfira nos nossos comportamentos.

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