terça-feira

Testemunha Falsa

“Se me pedirem para mentir, recusarei com veemência sem pensar uma, duas ou mais vezes. Jamais vergarei os meus princípios perante uma injustiça!” Infelizmente, é mentira se o pedido é de um amigo. Contorci-me todo, matutei, idealizei, deslizei por todas as hipóteses. Dividi-me em mil, em mim, no compincha culpado, no inocente, no juiz de toga e no de batina. É forçosa a reflexão quando lhe é solicitada uma malvadez, suplicada uma imoralidade em prol da amizade.
A decisão é dolorosa quando o derrotado foi aliado e o vencedor é desconhecido.
Perdi o amigo porque lhe disse “Não”. Não, não. Perdera-me ele antes, aquando do seu pedido, quando me dividiu o carácter.

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