terça-feira

Uma Certa Infância

Algumas pessoas, por vida ou por escrito, tentam manter-se puras e inocentes. Nada é mais difícil [claro que haverá, mas estas expressões absolutistas são pomposas] do que lutar contra a perda de ingenuidade, contra a experiência, contra a idade.
Como manter espontâneo o sorriso de criança sem estar a representar? Como manter original o pensamento de criança sem a ratoeira da recordação? Como manter os pequenos prazeres pequenos?
É bonita esta alusão à simplicidade, mas é merecedor atender àquela? A escusarmo-nos a crescer, decaindo no “Dantes é que era bom”?! A aceitar o mundo “Sim” ou “Não”, “Preto” ou “Branco”? Que monótono mundo monossilábico!
Invocar a nossa infância enriquece, reduzirmo-nos a ela empobrece.

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