sábado

Avisos

Tinham-me falado da tal cidade sem lixo, sem pedintes, sem carros, sem mamarrachos, com jardins, com animação, com policiamentos, com monumentos. Eu, viajante sem carteira, curioso pelas paisagens gratuitas, avancei. Logo me interromperam. Em todas as entradas dessa metrópole de sonho especava-se o aviso “Proibida a entrada de estranhos ao serviço”. Estranhei. Esclareceu-me a senhora, fardada à hospedeira, que todo aquele que ali entrasse tinha de ter uma missão económica e logo me perguntou ao que ia eu.
- Passear.
- Muito bem. Aqui tem: visto de turista. Paga agora ou à saída?
- Minha senhora, vou só ver. Não tenho nem a ponta de uma nota nem o arco de uma moeda.
- Sem dinheiro, o senhor é indesejável. Para assistir à perfeição, o “consumo é obrigatório”. Perfeição?!

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