segunda-feira

Reclamação-Poema

Ar de pé-rapado, mas sem cheiros de higiene adiada, assim que entrei numa loja, a carantonha do patrão logo me avisou: “Proibida a entrada a pessoas estranhas ao serviço.” Ainda atirei um “Olá” esganiçado, para quebrar o gelo, mas não ouvi resposta. Pedi o livro de reclamações para desenhar a expressão mal-humorada do tipo que não me atendeu. Lembrei-me da má feitura das minhas caricaturas e antes apus um poema:
Se me tratam por Alasca
Ajo à Terra de Fogo
Fria e árdua de contornar
Não havendo um oceano
De sorrisos que nos una
Ninguém virá a conhecer
O calor tropical humano.
“Como vai ou como está?”
Mudez, se não doença, é
Negligência. Sem haver
Má-fé, há má educação
Uma ou outra dá desdém.
Não merecem um centavo
De ouro nem consideração
Gentes que marcam outras
Como dadoras obedientes
De dinheiro. Dois desdéns.
Aos homens que cunham
Pepitas e pedras preciosas
Na pele de outros homens
Dou o troco do desprezo
Numa moeda sem face de
Simpatia e sem a inscrição
De um sentido “Obrigado”
Que sairia se de início
Existira um “Bom Dia”

Comments:
Olá!!!
Não falta nada ao lado do texto? Uma imagem, por exemplo? Ou deixaste o texto assim porque te pareceu bonito?
SC
 
Olá!!!
Não falta nada ao lado do texto? Uma imagem, por exemplo? Ou deixaste o texto assim porque te pareceu bonito?
SC
 
Ops!
Se tivesse lido o que escreveste antes de comentar, tinha reparado que era um poema. Mas como sou daquelas que critica antes de saber o que se passa, só depois é que reparei.
SC
 
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