terça-feira

Metamorfose Voluntária

De detestável a adorável, de lagarta a borboleta, de rastejar a voar. Quem te viu e quem te vê! Feiinha e atarracada, outrora, deslumbrante e majestosa, agora. Ninguém te prestava atenção e já não passas despercebida. Atenção ao deslumbramento: dos outros e do teu. Tanto tempo presa enquanto crisálida, curta liberdade terás se te deixares apanhar por um camaroeiro requintado. Ricos e frios coleccionadores aquecem-se com as tuas cores. Caçada por rede de seda e exposta num mostruário de ouro pode ser entendido como um final feliz. É mais elegante ter um nome em latim, mas é menos feliz não ter nome próprio.

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