quarta-feira

Pingue-Pongue

Ainda em crianças, começaram a atirar a bola branca, pura do amor, um para o outro. A vida foi colocando ao casal a rede cada vez mais elevada, e era-lhes gradualmente mais difícil bater a bola da paixão para o outro lado. Cada um, do seu lado da mesa, depois de um dia de trabalho, não tinha energias para amar tão alto. Pousaram a raquete. Acostumaram-se a viver sozinhos, empatados em filas de egoísmos minorcas, mas confortáveis. Perderam os dois. Nem entre eles nem entre outros, mais procuraram um parceiro/adversário. Não furaram a rede, não fugiram de casa para se verem e jogarem ténis de mesa, como quando novos. Não ousaram.

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